Sentei-me...num degrau agarrada aos joelhos. Sentia tudo a girar...fugia...corri o mais
que pude...mas as forças faltaram-me e quando me apercebi estava algures. Algures perto
do nada conhecido e longe do sufoco. Levantei a cabeça e olhei para o horizonte. Por
segundos pensei que um ruído forte pairava no ar como o martelar de um tambor, e olhei
procurando a sua origem...a surpresa veio quando me apercebi que era o meu o próprio
coração que batia com uma força imensa e que no silêncio local emergia com um som
poderoso de dentro do meu peito. Estou viva pensei, soltando uma pequena gargalhada e
imaginando que no Céu devíamos flutuar, voar sem ter de correr pelas ruas com tamanha
força e rapidez. Porque corri eu horas sem parar...julgo que nem eu própria percebi o
porquê. Ou talvez tenha percebido mas não tenha conseguido aceitar o motivo.
Estava sentada na varanda de minha casa, tentando recuperar de um tempo que pensei que
fazia parte de uma recordação, quando o telefone toca...levantei-me serenamente e
atendi...o tempo parou naquele instante...senti uma lágrima correr pela face e fiz um
esforço para aceitar a notícia com a maior das tranquilidades sem mostrar a fraqueza
humana do sentimento que pensámos ter controlado com o tempo. Larguei o telefone e tenho
noção que estive algum tempo a tentar decifrar se estaria a sonhar ou se o telefonema
teria sido engano.
Lágrimas cobriam-me a face e num acto de desespero meti-me no carro....conduzi horas sem
parar e quando acabou o combustível, abri a porta do carro e comecei a andar. Cada passo
era mais rápido que o anterior e aos poucos corria como se a minha vida depende-se
daquela corrida. Vagamente me recordo por onde passei e não me lembrei que apesar do meu
excelente sentido de orientação, não fixara os marcos visuais que uma mente utiliza para
voltar atrás. Não me lembrei de o fazer ou inconscientemente não o quis. Entrei numa
pequena vila como me apercebi depois e só parei quando as forças me traíram. E foi
sentada naquele degrau que percebi que queria fugir como o deveria ter feito antes. Fugir
do pior dos tormentos de um ser humano, os seus pensamentos. Pensamentos que pensava
estarem bem enterrados e controlados com a vida que levava. Mostrava a confiança natural
de quem se submete a uma vida calma sem sobressaltos e se isola por detrás de uma
muralha, na esperança que pelo menos no nosso coração ninguém toque.
A Lua sorria num céu estrelado, quando abri os olhos. De tanto cansaço, adormeci exausta
naquele degrau. Acordei como se algo me abraça-se...a lua sorria linda num céu escuro de
luz estrelar. Levantei a mão como se fosse possível tocar naquele Céu e sentir a paz que
pensei ter alcançado no dia em que parti.
(excerto de um livro...ou pelo menos um projecto a livro)
O meu nome é Sara, nasci a 23 de Fevereiro do ano...um segredo bem guardado e escondido nas profundezas do meu Bilhete de Identidade, juntamente com a foto que lá se encontra tirada num dia apressado da minha vida, em que tentei sorrir para a câmera pela módica quantia de 3€ e cujo resultado foi...estranho!!!!!
domingo, 14 de setembro de 2008
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E como está na moda ter uma web page, ou um blog...atenção que não é página da internet...gosto particularmente do da...mas em português soa estranho. Web Page é bem mais fofo. Dizia eu...decidi então depois de meses de introspecção colocar as mãos na massa e criar um blog...ok...fui forçada a e ameaçada ahahahah e como informática que sou por erro e desvio do destino...um Blog bem moderno e cheio de efeitos fantásticos. Vão ter é de colocar os óculos 3D ... e avisam-se os mais sensíveis pelo conteúdo ...ahahahahah
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